As vezes tento me convencer de uma verdade tão quase imutável, a de que estou sozinha, de que meu fim é sozinho. Não seria um tipo de drama, ou se quer um atestado depressivo, pelo contrário, é apenas uma fuga da conformidade. De fato, não importa quantos sorrisos carreguemos, quantas lembranças vivenciaremos, o fim é certo e solitário. Mas não faça muitos rodeios nesta verdade absoluta... Meu discurso é apenas um surto: Amanhã esquecerei desta afirmação realista imposta.
Por isso sigo contrariando o fim. Acumulando memórias, apegando-me a histórias, me vendo em gente, sendo gente.
Pois seria muito fácil me conformar e viver em vazio apenas pelo fato de que um dia tudo isso irá acabar.