sábado, 20 de fevereiro de 2010

WHAT ABOUT THE FUTURE

Certa vez fui feliz, mais feliz do que qualquer dia ensolarado das minhas atuais manhãs... Muito mais querido que qualquer guloseima e quem sabe até mais feliz que a maior felicidade que possa ter havido em mim. Nesses dias quem sabe, os pássaros cantassem mais bonito, os dias fossem mais proveitosos e o sol brilhasse mais forte... Mais forte, mas não tanto quanto meus olhos. Ah, esses pareciam fogos de artifício, comemoravam o surto de felicidade, a maré de boa vontade... Só se acalmavam quando o medo dava as caras.

Lembro-me bem de certo episódio nesses dias lindos, onde tudo estava muito bem, tão bem que sem motivo, o brilho de meus olhos virou água. Não chegavam a ser lágrimas de tristeza, ou quem dera felicidade... Tal que era a mais certa a se derramar. Era choro de medo, medo e alívio de possuir o bem-estar... Medo do que vinha pela frente, medo do que hoje chamo de presente. Não hei de falar mais nada, pois o passado se fer por encerrar, acertou meu agora e nem se quer posso reclamar.

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